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Os filhos de Lilith do
Segundo Tipo. Estes surgem da fornicação com os filhos e filhas dos homens. E
têm uma natureza composta. Uma parte é espírito e a outra é terrena. Eles moram
na terra. É a descendência de Lilith em sua multidão de formas, e de sua filha
Naamah, e de Samael seu consorte. Entre eles estão os gigantes engendrados
pelos Poderes Caídos nas mulheres mortais. São mais altos e formosos que os
homens comuns. Por sua parte carnal são chamados os Espíritos da Terra, e
espíritos malignos porque obram destruição sobre a terra causando problemas e
aflições ao filhos dos homens.
Dos Espíritos da Terra há
duas classes que se diferenciam pela forma de nascer. Este tipo é mais espírito
que carne, e o outro tipo é mais carne que espírito. O surgimento do Primeiro
Tipo. Lilith entra na cama de um homem e agita seu membro. Ela colhe as faíscas
de sua semente e as coloca dentro de seu útero. Os dá nascimento e os nutre de
seu próprio peito. Alguns recebem corpos da essência do fogo. Estes têm a pele
quente e se lançam através do ar com a rapidez da chama e uma estranha risada.
Seu lugar de morada está nos pântanos e montanhas. Outros são feitos de ar e de
bruma. Suas caras se dissolvem e retorcem em questão de momentos mudando suas
formas. O nome desse tipo que é mais espírito que carne é Lilitu.
Para o surgimento do Segundo
Tipo. Samael se aproxima de uma mulher em sua sujeira a monta e excita seu
desejo. Então seu marido a monta e mistura sua semente com a da Serpente. Ou às
vezes ocorre que Lilith excita a luxúria de um homem e ele faz com sua esposa à
luz de uma vela, ou em sua menstruação, ou olha sua nudez de maneiras
proibidas. Suas emissões são sujas e a criança é dada a Lilith como sua
própria. Estes crescem mais rapidamente que as crianças comuns e possuem uma
grande força. Estes também são mais peludos e desfiguram suas caras com astutos
sorrisos e olhadas enganosas. Há uma maneira de saber o que são. Quando todavia
estão em sua juventude, começa a cair o cabelo da coroa de suas cabeças. A
vergonha de sua nudez faz que a cubram. O nome deste tipo que é mais carne que
espírito é Lilin.
Caim que nasceu de Eva pela
luxúria de Samael foi o primeiro dos Lilin. Deste mesmo tipo era Enoque chamado
o filho de Caim, e seu filho, e o filho de seu filho, toda a linhagem de Caim
são filhos de Lilith. Nenhum deles pereceram no mundo senão que todavia
perduram. E sua semente se mistura com a semente dos homens.
E as crianças nascidas da
maldade e da luxúria fora da lei são dados a Lilith como seus próprios. Ela
sustenta suas vidas em suas mãos como o pintinho que cai do ninho. No entanto ela
não os mata senão que se diverte com eles em seus sonhos. A maneira de conhecer
sua presença é esta. A criança começa a rir-se e a babar como se estivera dormindo
em seu berço. Então é bom despertá-la beliscando em seu nariz para que Lilith
não esqueça seu afeto e beije a criança extraindo sua vida entre seus lábios.
Tal criança deve ser
observada com cuidado enquanto se faz maior e guiado por virtuosos caminhos. Se
enfurece com rapidez e está disposto a errar. Como um lobo sempre tem fome.
Bebe como se sua abrasadora sede nunca se apagara. O fogo das chamas de Samael
esquentam seu peito. É de suspiros pesados e de olhar sombrio, não pode
encontrar alegria neste mundo. É melhor que a vara se rompa em suas costas que
sua alma descenda às profundezas. É melhor ter medo à luz que amor à
obscuridade.
No momento da Lua Nova,
Lilith e sua ninhada vêm a deitar-se com os filhos nascidos fora da lei e com
aqueles que anseiam e tratam de encontrar a maldade e cometer adultério. Ela os
faz manchar-se em sonho. E os espíritos que a servem são em número de 408
legiões. Aqui há um mistério para os sábios. Os que tem olhos para ler que
leiam! Eles são do tipo chamado Lilitu, e sua líder se chama Sariel que é o
governante dos espíritos do ar.
Toda a descendência destas
uniões ímpias se elevam até Lilith e ela os cria. Eles buscam refúgio embaixo
de suas amplas saias que são tão amplas como os céus. Eles penduram como cachos
de uvas maduras de seus inumeráveis peitos. Seus gritos são como as ondas do
mar. Uma montanha de esterco se origina de seus excrementos que engendram
moscas e pestilência. Eles sugam e nunca se dão por satisfeitos. Todos estão
nus e tremendo. Com enegrecidos olhos e bochechas magras eles desejam sangue.
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