Bruxaria Sem Dogmas: Capítulo 13 LL

Capítulo 13 LL

13

O método de Amor com os Espíritos. Lilith ou alguma de suas filhas se aproximam do homem que deita sozinho em sua cama, e à mulher solitária se lhe aproxima Samael ou algum de seus filhos. Todos igualmente são filhos de Lilith e compartilham seu poder. Ela se aproxima do homem dormente que com certa frequência se desperta entre seus abraços e deve submeter-se. Somente pode ser rechaçada com muita dificuldade. Ela luta com ele e toma seu prazer à força. Na fornicação ela tem a força de um guerreiro. Ele geme em seus braços como quando se tenciona um arco e solta sua semente.

Para despertar o amante ela se aparece como uma neblina resplandecente no ar. Sua cor é o da luz da Lua que brilha através da água. Sua imagem ondula como a superfície de uma lagoa movida por uma brisa. Se afasta da vista quando se busca com o olho e retorna quando se afasta a vista. Suas feições se alteram constantemente o mesmo que uma coluna de fumo nunca é a mesma senão que sempre se renova. Quando o olho alcança seu semblante é a beleza sublime de uma jovem donzela. Mas quando de novo o olho a alcança seu semblante é a cara de uma prostituta coberta pelo pecado. Em um instante se converte na cara de um homem jovem. Logo no estranho e selvagem semblante de um demônio. Dessa maneira, assim Lilith dança em suas cascas ante seu amante.

Estas são as maneira que ela tem de aproximar-se. Descende suavemente sobre a coroa da cabeça. Seu amante a sente como um frio nevoeiro que cai por seu coro cabeludo e cara. Este sente umas cócegas e formigamentos ou comichões de onde a parte alta do osso do crânio se encontra com a cora. Às vezes ocorre que o lado direito da cara se esfria mas o esquerdo permanece inalterado. Seus olhos pestanejam e lacrimejam como se os houvessem soprado uma fina poeira. A cócega chega até a ponta do nariz e dos lábios.

Outras vezes ela ascende pelas pernas desde as pontas dos dedos gordos dos pés. É como se um espinho afiado fincasse os dedos dos pés. O frio nevoeiro flui até acima pelas pernas e as pressiona com um suave peso. O calor deixa a pele dos pés. Os músculos das coxas se contraem. Um fogo que é como o relâmpago nas montanhas destelha desde a pontas dos dedos dos pés até os lados internos das coxas e faz-se que todo o corpo do amante vibre. O cabelo dela roça a pele dele quando se deita em cima e este pensa que é uma brisa noturna.

Pode suceder que seu contato somente seja sentido no lado direito do corpo. Às vezes ele sente seu frescor ao longo da sua costa de onde ela toca o acolchoamento do colchão, porque Lilith passa através da palha e lã com a facilidade com que um peixe se desliza através das profundidades. Os cobertores da cama não são nenhuma barreira para ela, nem uma porta fechada ou janela com persianas impedem sua aproximação. Seus dedos chegam por debaixo dos ossos do crânio refrescando o cérebro e se apertam contra o batente coração dentro de sua jaula de cócegas e descansam sobre o fígado a prazer.

Frequentemente ela realiza sua aproximação pelo ânus e o membro sexual. Ela descende sobre os quadris com um tato parecido a um fino tecido e inflama a raiz do membro por detrás dos testículos. Este se põe ereto. Ainda que ele não tenha pensamento algum de desejo ela toca a raiz e se faz mais duro e grosso que quando faz com uma mulher. Ela faz que seu membro se ponha ereto e ele começa a sentir desejo. Mas não é necessário para ele desejar antes de que ela endureça seu pênis. Seu toque é suficiente.

Ás vezes ele sente uma cócega em seu anus como se fosse penetrado. A glande de seu pênis se incha duas vezes que seu tamanho normal e sua cor troca para o púrpura escuro da uva. Está frio ao tato e carece de sensações. No entanto quando Lilith o toca ele sente o fogo do raio golpeando-o desde sua ponta à sua raiz, e seus testículos se retraem sozinhos em seu ventre. Não são suas próprias carícias senão as do espírito as que causam esta sensação.

Os tipos de carícias que Lilith dá ao membro. É uma pressão ao longo de sua longitude como a que exerce uma mão. Se produz uma cócegas na parte inferior da pele da glande e ao redor da ponta como o roçar de uma pluma. Se produz uma pressão nos testículos que causa dor. Se produz uma picada nos testículos. Também se produz uma dureza dentro da raiz dos testículos. Surge uma dureza dentro da raiz do membro. Se produz uma cócega dentro do canal do membro à metade de sua longitude. Se produz um contato suave e úmido na glande como a de um beijo. É uma sensação de sucção que se absorvem os fluidos do desejo. Isto é como um anel ajustado que se desliza até abaixo por toda a longitude do membro desde a glande até a raiz e envolve o membro em um calor pegajoso e úmido.

Lilith encontra deleite mantendo a luxúria de seu amante. Ela recebe prazer de suas palavras amorosas e extrai calor de suas fantasias luxuriosas. Ele a pede para soltar sua semente e finalizar seu atormentado desejo. Ela o provoca com hábeis carícias para que sua luxúria não decaia, mas nenhuma é conclusiva. Ele está suspendido em uma cama de fogo que inflama suas sensações sem permitir-lhe uma pausa até ser levado perto da loucura. Da ponta de sua explosiva glande goteja incessantemente um fluxo de pérolas transparentes sobre seu baixo ventre agrupando-se ali. Este é o Lago de prata de Lilith que ela extrai dos fluidos sexuais soltados por sua intensa luxúria. Estes fluidos são mais abundantes e também mais transparentes que os liberados durante o ato normal do amor.

Seus beijos são suaves e úmidos. Eles se grudam na pele e deixam uma sensação de doçura na carne que não pode descrever-se com palavras. É como a embriaguez do vinho mais fino antes de que sacie os sentidos, mas mil vezes mais agradável e nunca diminui ou chega ao excesso. A respiração que sai de seus lábios está perfumada com raras especiarias. Seu amante a respira e faz seus pensamentos pesados e cobre suas extremidades com um manto de lassidão. Seu beijo sufoca sua cara. Ele se esforça por inalar suas exalações. Seu fragrante aroma chega até as mesmas profundidades de seu ventre e dobra a rigidez de seu membro, assim que ele deseja morrer na brevidade de sua respiração antes que perder seu beijo. Não há desejo algum para mover as extremidades. Ele se afoga no vinho de sua letargia.

Com a chegada de Lilith o coração de seu amante palpita rapidamente com pesados golpes. Salta em seu peito com a ansiosa alegria de um jovem potro. A seus ouvidos chega uma campainha de címbalos de prata e um zumbido de abelhas. Um aroma como o do incenso fica suspenso no ar do quarto. Seus beijos fazem que seus lábios e boca fiquem secos e terrosos como a areia do deserto. Às vezes surge uma cócega em sua garganta e o provoca tosse. Ele tira cada respiração com esforço como se o próprio ar fosse condensado por sua substância. Todos seus sentidos giram. Em sua cabeça se redemoinha um vórtice.

Finalmente ela provoca o brotar de sua semente. Verdadeiramente é seu beijo e não o contato de sua amante que o provoca. A emissão é mais copiosa que a provocada por uma mulher. Também a sensação é mais intensa, assim que com certa frequência ele grita com uma mescla de dor e êxtase. O ato sexual com a mulher é como água comparado com o vinho de suas carícias. Ele se volta até ela com o desejo de seu coração e abandona o abraço de sua esposa. Frequentemente disso resulta que quando um homem deita muitas vezes com Lilith ou suas filhas, o amor das mulheres terrestres não tem poder para despertar seu desejo.

Lilith raras vezes fala a seu amante enquanto este se desperta quando ela visita sua cama, mas frequentemente mantem uma conversação com ele quando ela o abraça no sonho. Seu discurso é provocador e atrevido. Às vezes ela o revela segredos ao que favorece. Ele vê claramente sua forma com todas suas luminosas cores, e não se desvanece quando o sonhador mete o olhar por muito tempo sobre ela. Quando transforma seu aspecto o faz abertamente ante sua vista. Ela copula com ele e ele derrama sua semente nas matas (pentelhos) contaminando-as. Por isso os homens que buscam o abraço de Lilith em seus sonhos levam um pano sobre suas partes quando se encostam para dormir.

Ela se aproxima da mulher que está sonhando na aparência de Samael a Serpente inclinada. Ele não tem nenhum membro, mas à sua amante parece que ele possui membros através do glamour de seus adornos. Para a inocente donzela ele se reveste com o vaso de um formoso jovem com dourados fios e olhos azuis que a olham com amor. Ela é seduzida por suas artimanhas e não resiste. Ele entra em seu corpo em espírito por causa disso seu hímen não se rompe e a viola com seu membro. É mais grosso que os membros de um homem terrestre e duro como a madeira, mas impregnado de frio como se houvesse estado em repouso no fundo de um profundo poço.

Se ela começa a resistir a suas carícias, se enfada e se põe impositivo. A beleza de seu rosto se destorce com o fogo de sua luxúria. Ele zomba dela e a insulta por seus escrúpulos. Ela não pode recusá-lo pelo que deve submeter-se a seu desejo. Em frequentes ocasiões ela o dá de bom grado a seu abraço e se prepara para sua chegada ao quarto igual que uma Noiva nova se prepara para a recepção do Noivo. Quando ele está seguro de que ela se rendeu, deixa de lado a máscara de seu engano e se aparece ante ela em toda a sua arrogância e crueldade. Assim, ela se converte em sua escrava e deve dar-se a ele tanto que se quer como se tenta resistir-lhe. Ainda assim, tão potente é seu ato amoroso que poucas são suas amantes que se atrevem a desfiá-lo.


Capítulo 14 

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