Bruxaria Sem Dogmas: Capítulo 1 LL

Capítulo 1 LL

1

Os mistérios de conhecimentos proibidos revelados por Lilith, a Rainha das Prostitutas, a Lamec, filho de Matusalém, filho de Mehujael, filho de Irad, filho de Enoque, filho de Caim o Maldito.

Ocorreu na obscuridade da lua quando Lamec com a mente aflita estava sobre sua cama para dormir, quando Lilith o presenteou em um sonho. Ele a conheceu pela beleza de seus cabelos ruivos, resplandecendo em longos cachos como de cobre batido cacheados como as joias do Egito. O pó de rosas ruborizava suas bochechas. Seus lábios entreabertos estavam cheios com o suco escarlate da granada. Seus olhos eram duas envolventes ondas esmeraldas do mar que capturam o sangue do Sol poente sobre suas cristas. Brancos eram seus dentes com a brancura da neve nas distantes montanhas, branco seu peito como a palidez da bruma da manhã que permanece no vale.

Lamec olhou para ela cuidadosamente, e seu coração o golpeou com desejo. Ele esqueceu os rostos de suas esposas. Estes se tornaram como crânios esbranquiçados sobre as que a mão da Morte havia desenrolado um pergaminho no qual escreveu piadas.

“Não temas, filho de minhas entranhas, porque vim reconfortar a obscuridade de tua alma.” Assim falou ela com a voz do vento sobre o mar. “Não te conheço”, ele disse. “Tu não eras a esposa de Matusalém meu pai?”

Ela pousou os dedos de sua mão, branca como o lírio, em meus lábios e sorriu.

“Escuta e seja sábio. Toda a semente de Caim e sua semente e a semente de sua semente me foram dadas até a sétima geração. Infiel, tu és filho de minhas entranhas como o foi teu pai e seu pai antes que ele. Não me negues! Em breve o sangue de tua mão provará teu nascimento. Ouça-me e te ensinarei uma sabedoria que não foi pronunciada desde os princípios.”

Dizendo isto, ela me atraiu contra seus peitos e me estremeci com suas ardentes carícias até que desmaiei de prazer e deitei em minha própria desonra. A obscuridade embriagou minha alma. Desde uma grande altura lá ouvi dizer-me, “Escuta a sabedoria dos Eons e seja preenchido de entendimento, Oh filho de sangue. Quando despertar pela manhã pegue pena e tinta e escreve estas palavras em folhas de papiro. Selarás com argila e esconderás embaixo da terra aonde eu te mostrarei os conhecimentos das idades futuras.”

Ela falou de muitas maravilhas ao longo da noite até que o cantar do galo anunciou a aurora. Então, despareceu deixando um aroma de sândalo. Lamec se levantou de sua cama e conseguiu pena, tinta e folhas de papiro e escreveu com a língua dos anjos as palavras que ela lhe havia ordenado.


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